quarta-feira, 6 de maio de 2009

Residência de trabalho no CED





Como já havia sido anunciado e programado para as atividades do projeto, estamos eu e Beti num momento muito intenso e especial do trabalho: estamos em residência no CED (Centro de Estudos em Dança) espaço proporcionado pela crítica de Dança Helena Katz, em São Paulo.

O espaço, numa fazenda localizada em Caieiras, na grande São Paulo, é inspiração só. Estarmos num espaço retirado nos faz olhar com calme a tempo para todas as questões que nos assolam nessa nova fase de trabalho, que metodológicamente estamos chamando de fase de transmissão, o que não é muito real, já que sabemos que as traduções continuam acontecendo.

Além da oportunidade de mergulharmos no trabalho sem a correria do dia a dia em Curitiba, aqui no CED contamos com a presença diária de Nirvana Marinho, nossa colaboradora aqui em São Paulo. Etamos no meio do terceiro dia da semana de trabalho e os dois primeiros foram bastante intensos. Neles pudemos atualizar nossas conversas de transmissão e já estabelecemos e experimentamos outras estratégias de compartilhamento dos trabalhos. Algumas questões que martelaram nossas reflexões nesses dois dias:

- que armadilhas a palavra TRANSMISSÃO carrega consigo e como fugir delas, ou lidar conscientemente com elas?
- onde está a potência de uma relação de transmissão? naquele que organiza o material a ser transmitido? no próprio material? naquele que recebe e resignifica o transmitido?
- que relações de poder estão em jogo num processo de transmissão? como sabotá-los e/ou subervetê-los e /ou jogar com eles?

A residência tem um tempo total de 5 semanas: uma semana com a presença dos dois, depois Beti volta para Curitiba e eu fico mais duas semanas, o que se inverte nas semanas 4 e 5.

Enfim, estamos trabalhando e logo postamos amis de nossas reflexões.
Ricardo e Beti.

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