terça-feira, 5 de maio de 2009

PÉS



A produção de imagens em fotografia e vídeo nunca foi uma grande urgência para meus processos artísticos, no entanto esta perspectiva tem se transformado. Especialmente nas experiências de tradução me lancei o desafio de usar tais mídias (ou seria melhor falar em estruturas de pensamento-ação?) para produzir sínteses que se aproximem do quase nu enquanto uma totalidade. Na verdade enquanto diversas totalidades possíveis.

As experiências com vídeo têm sido peculiarmente difíceis, especialmente no que diz respeito aos resultados que se materializam dessas experiências: nada é do jeito que eu imagino quando roteirizo a coisa. No entanto me colocar em ação para fazê-los me mostra, a cada nova frustração, caminhos possíveis em outras mídias. Voltarei a falar deles logo, quando pretendo compartilhar algum aqui.

Com as fotos tenho me sentido bastante mais a vontade para lidar. Como já apresentei em outro post, desde o começo da pesquisa estou trabalhando numa série de autoretratos, mas não é só.

Motivado por todos os questionamentos e provocações de nossos parceiros de trabalho mais diretos (Gustavo e Neto), trabalhei durante alguns dias na idéia de construir uma única imagem que pudesse falar de um universo quase nu. Não um conjunto de imagens, não uma imagem que fale de um pedaço do trabalho, mas sim uma foto que seja efetivamente quase nua.

Até aqui a imagem que mais se aproxima disso é esta, que chamo de PÉS. Ela ainda não reflete uma possível totalidade, mas coloca isso em discussão.

Vamos conversando!

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