terça-feira, 5 de maio de 2009

CAIXA VERMELHA






Durante a semana de trabalho com Dani Aguiar, diversas questões vitais do processo de criação e da organização cênica de quase nu voltaram a tona para serem repensadas e re-elaboradas. Por uma insistência da Dani (obrigado querida), recuperei e voltei a me interessar por uma idéia específica de relação com o espectador: uma relação vouyerística, como se o trabalho fosse meu quarto, ou meus armários, e o público tem livre acesso a isso.

Tal relação se manifesta em diversas metáforas e organizações presentes em todo o trabalho, no entanto na abertura de estúdio testamos (ainda que depois que o debate já havia começado) oferecer uma de minhas caixas de recordações pessoais, que incluía uma enorme pilha de cartas, uma agenda-diário da adolescência, roupas de quando eu fui um bebê.

Algumas questões que ficam latejando no pensamento: isso é interessante de alguma forma? Quem abre minha caixa vermelha tem a chance de ver nisso alguma coisa além de mim mesmo? Que reflexões e sensações essa experiência provoca?

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