quinta-feira, 4 de junho de 2009

De quase quases




Das estratégias fisicas...
Pensamento, dança, contact comigo mesma. Tudo isso se misturou um pouco e virou aqui alguma coisa, algumas coisas... Antônio Damásio foi de grande ajuda Ricardo, vc tinha razão. “A alma respira através do corpo, e o sofrimento, quer comece no corpo ou numa imagem mental, acontece na carne”. Acredito tanto, e sinto como se tivesse esquecido. Mas salvei isso em algum canto aqui dentro, e lembrei, senti, dancei. E a intimidade foi chegando pra esse lado também. O que seria uma intimidade do corpo, da carne...? um cheiro meu, um gosto em mim, uma dobra, um lugar escondido, um embaixo de alguma coisa, isso que não tem mesmo nome (salve Gilson Fukushima), nem voz, mas é corpo... e talvez não seja o caso de mostrar, mas de usar como impulso, como grito. De novo Damásio: usamos o corpo como “instrumento de aferição”, é a partir dele que sentimos o mundo e nos relacionamos com o mundo. Então vamos relacionar essas intimidades da carne com o mundo e gerar alguma coisa...

Dos objetos...
Pensei muito no que conversamos sobre entender a relação com os objetos como uma relação amorosa, quem escolhe e quem é escolhido, quem domina em quem se submete. Deu no noivo cadáver (e hoje acordamos assim, um pra cada lado...), este corpo vermelho cheio de fibra de poliéster, que eu costurei, feri, furei, pisei, abracei, pendurei, mordi, bati, dancei, amei... No diagrama ele começou no grupo dos “objetos-metàfora”, mas deu uma passeada pelos “objetos-meio”. O plástico branco me serviu bem ( os 8 metros), me lembra algo amarelo, mas desenvolvi com ele uma estratégia para me revelar aos pedaços...
E, finalmente, se vc tem seu sonho, eu tenho meu... pirulito (e o noivo tem 2, um em cada olho!).

Das referências...
Alice me é muito próxima. Seu mundo fantástico, suas perguntas descabidas, ela me inspira, me autoriza, me alimenta. A princesa dos cabelos mágicos eu estou procurando, e algo me diz que eu vou encontrar. E, claro, Tim Burton (nem lembro mais se fui eu ou vc quem falou dele primeiro) veio me visitar tantas vezes...

E por fim tenho que dizer que tudo se transforma mesmo nesse (agora um pouco meu) planeta quase nu, vamos ver o que sobrevive até o fim deste projeto...


e

“a dança é o que salva o movimento do clichê” – diz o adesivo na janela da casa da Helena.

2 comentários:

  1. Sobre tuas referencias:


    "Das referencias:
    Alice me é muito próxima. Seu mundo fantástico, ..
    E claro, Tim Burton .. veio me visitar tantas vezes.. "

    Olha só que genial o que vem por aí. os dois juntos num só. a Alice e seu mundo fantástico feita pelo Tim Burton e sua mente fabulosa, detalhista, mirabolante:

    http://www.madeupdisease.com/?p=1474


    Glauko

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  2. http://www.madeupdisease.com/wp-content/uploads/2009/07/Picture-221.png

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